A Terra das Sombras (A Mediadora, vol. 1), Meg
Cabot, Rio de Janeiro: Galera Record, 2014, 288 pág.
Traduzido por Clóvis Marques
Shadowland (2000) foi escrito pela best-seller Meg
Cabot e se trata do primeiro livro da série A Mediadora, que é uma das séries mais conhecidas dessa escritora.
Os próximos livros da série são: O
Arcano Nove, A Reunião, A Hora Mais Sombria, Assombrado, Crepúsculo.
Não sou muito fã da Meg Cabot, acho que quem acompanha o
blog sabe que só li apenas dois livros dela e não achei essas coisas toda, pelo
contrário, minha impressão era que Meg Cabot era supervalorizada, mas após anos
querendo ler a série A Mediadora,
resolvi arriscar e dei o ponta pé inicial e li A Terra das Sombras e,
confesso, surpreendi-me.
Não estou aqui querendo defender Meg Cabot agora e virar fã
de carteirinha, afinal o livro não é completamente bem escrito, mas é uma leitura
bem divertida, curiosa e empolgante, além do mais tem bons personagens, um bom
cenário e um bom enredo.
No primeiro volume somos apresentados a Suzannah Simon, uma
adolescente de 16 anos que vê, fala e toca em fantasmas, na verdade isso é bem
natural para ela, afinal ela tem esse "dom" desde os dois anos de
idade.
A estória se inicia com a mudança de Suzannah de Nova York
para Carmel (Califórnia) onde vai morar com a mãe, o padrasto e os três filhos
dele apelidados de Soneca, Dunga e Mestre. Mudanças são sempre dolorosas, então
Suzannah conta como é deixar sua melhor e única amiga Gina e tentar recomeçar a
vida sem os 'problemas' que se metia tentando ajudar os fantasmas – como
mediadora – a encontrarem a luz.
Carmel é sobretudo um novo começo, no entanto, quando chega
a casa do padrasto descobre que ela tem 200 anos (é claro que com essa idade,
devem ter morrido várias pessoas ali, ou seja deve ter fantasmas) e que a nova
escola tem mais de 500 anos, Suzannah entra em pânico, mas como sua situação é
segredo – ela não conta a ninguém seu 'dom' para que não a considerem louca –
tenta fingir que está tudo bem, mesmo quando não está.
A primeira coisa que ela encontra quando entra em seu novo
quarto é um fantasma de um cowboy morto de 150 anos na janela de seu quarto,
que por sinal é um homem lindo e maravilhoso chamado Jesse, que reluta e não
conta a Suzannah o motivo de sua morte.
Para completar, nossa personagem principal descobre que não
é a única mediadora que existe, na sua nova escola ela conhece o Padre Dom e
ambos juntam seus conhecimentos de mediadores para cuidarem de uma fantasma que
está com sentimentos vingativos e assassinos dentro da escola. Nem tudo será
fácil.
O que mais me chamou atenção nesse livro foi que a história
toda foi contada em apenas dois dias após a chegada de Suzannah em Carmel.
Outro ponto que me chamou atenção foi a leveza da história, a linguagem
coloquial, a personagem Suzannah que é independente, mas por vezes teimosa e
egoísta, o que é bem natural no ser humano.
Terra das Sombras é
um livro bem adolescente, tão adolescente que me sinto ultrapassada em lê-lo e
confesso que eu poderia ter apreciado bem mais se eu fosse uma adolescente, mas
mesmo assim eu gostei muito do livro e quero seguir acompanhando a série.