SOCIAL MEDIA

Mostrando postagens com marcador Editora Companhia das Letras. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Editora Companhia das Letras. Mostrar todas as postagens
Saudações Leitores!
Vamos a mais um vídeo do projeto #LendoSaramagoEmOrdemCronologica? Dessa vez o vídeo é  a discussão da segunda leitura  do projeto: Claraboia, leitura feita no mês de setembro (2021), acabei atrasando bastante a gravação-edição-publicação desse vídeo, mas é isso: a vida é um corre tão grande que às vezes eu não dou conta.
Então espero que assistam, gostem e também se empolguem para participar do projeto, o cronograma dele está na descrição do vídeo no Youtube, portanto, se tem algum livro que desejam ler, vejam quando será a leitura e vamos ler juntos!

Claraboia - José Saramago #LendoSaramagoEmOrdemCronológica (resenha)

segunda-feira, 8 de novembro de 2021

Saudações Leitores!
Venham conferir alguns dos lançamentos da Companhia das Letras e da Quadrinhos na Cia, espero que gostem, eu já estou de olho no livro do Gregorio, mas ainda tenho um certo receio, pois o último lançamento do autor não me agradou muito, mas creio que vou dar uma oportunidade para este livro.

COMPANHIA DAS LETRAS


Caviar é uma ova, de Gregorio Duvivier 

Caviar é uma ova reúne as melhores e mais interessantes crônicas publicadas por Gregorio Duvivier, um dos autores mais inventivos do Brasil na atualidade. Gregorio é ao mesmo tempo ator, roteirista, comediante, cronista e poeta, e este livro é uma versão impressa da multiplicidade única do autor. Transitando entre ficções, memórias de infância, artigos de opinião, militância política e exercícios de estilo, o conjunto final acaba marcado pela agudeza crítica. Em pouco tempo, Gregorio se transformou numa das vozes mais ativas da esquerda brasileira, tornando-se referência por conta de sua combatividade generosa, em que a inteligência é a principal arma.


Lançamento: Caviar é uma Ova... e outros

sexta-feira, 18 de novembro de 2016

Saudações Leitores!
Hoje é dia de conferirmos os lançamentos da Companhia das Letras, chequem só:

The 42nd Street Band, de Renato Russo
Entre os quinze e os dezesseis anos, enquanto convalescia de epifisiólise (rara doença óssea), Renato Russo — à época, ainda chamado Renato Manfredini Jr., em Brasília — criou a história de um grupo de rock formado em 1974, em Londres, a partir do encontro de ícones como Mick Taylor, dos Rolling Stones, e outros roqueiros imaginados pelo futuro líder da Legião Urbana. Da origem à separação da banda, passando por momentos de sucesso astronômico, Renato pensou em cada detalhe. A partir do personagem Eric Russell, figura central da 42nd St. Band, nasceria Renato Russo, um dos maiores artistas brasileiros de todos os tempos, que tem, portanto, sua gênese revelada neste estrondoso romance inédito.

Enclausurado, de Ian McEwan
O narrador deste livro é nada menos do que um feto. Enclausurado na barriga da mãe, ele escuta os planos da progenitora para, em conluio com seu amante - que é também tio do bebê -, assassinar o marido.
Apesar do eco evidente nas tragédias de Shakespeare, este livro de McEwan é uma joia do humor e da narrativa fantástica. Em sua aparente simplicidade, Enclausurado é uma amostra sintética e divertida do impressionante domínio narrativo de McEwan, um dos maiores escritores da atualidade.

Romeu e Julieta, de William Shakespeare
Há muito tempo duas famílias banham em sangue as ruas de Verona. Enquanto isso, na penumbra das madrugadas, ardem as brasas de um amor secreto. Romeu, filho dos Montéquio, e Julieta, herdeira dos Capuleto, desafiam a rixa familiar e sonham com um impossível futuro, longe da violência e da loucura.

Romeu e Julieta é a primeira das grandes tragédias de William Shakespeare, e esta nova tradução de José Francisco Botelho recria com maestria o ritmo ao mesmo tempo frenético e melancólico do texto shakespeariano. Contando também com um excelente ensaio introdutório do especialista Adrian Poole, esta edição traz nova vida a uma das mais emocionantes histórias de amor já contadas.

Lançamento: The 42nd Street Band... e outros

segunda-feira, 24 de outubro de 2016

Saudações Leitores!
Venham conferir os principais lançamentos da Companhia das Letras, espero que gostem, tem livro para todos os tipos de leitores!

COMPANHIA DAS LETRAS

Meia-noite e vinte, de Daniel Galera
Em meio a uma onda de calor devastadora e a uma greve de ônibus que paralisa a cidade, três amigos se reencontram em Porto Alegre. No final dos anos 1990, eles haviam incendiado a internet com o Orangotango, um fanzine digital que se tornou cultuado em todo o Brasil. Agora, quase duas décadas depois, a morte do quarto integrante do grupo vai reaproximar Aurora, cientista e pesquisadora vivendo uma pequena guerra acadêmica, Antero, artista de vanguarda convertido em publicitário, e Emiliano, jornalista que tem uma difícil tarefa pela frente.
Captando com maestria a geração que cresceu em meio ao início da internet, Galera explora essas vidas acuadas entre promessas não cumpridas e anseios apocalípticos. Nas vozes de Aurora, Antero e Emiliano, Meia-noite e vinte é um retrato marcante de uma juventude que recebeu um mundo despedaçado e para quem o futuro pode não significar mais nada.

Sombras da água (As areias do imperador, vol. 2), de Mia Couto
No segundo livro da trilogia As Areias do Imperador, Mia Couto dá continuidade à história de amor da jovem africana e do sargento português durante a guerra em Moçambique
Sombras da água retoma a história de Mulheres de cinzas, romance histórico encenado à época em que o sul de Moçambique era governado por Ngungunyane, o último grande líder do Estado de Gaza, em fins do século XIX. Ferido, o sargento português Germano de Melo é levado ao único hospital de Gaza, sob os cuidados de Imani, sua amada e responsável pelo tiro que lhe esfacelou as mãos, do pai e do irmão da garota africana e de uma amiga italiana. Nesta jornada, eles encontrarão outros percalços e personagens memoráveis — característicos das obras de Mia Couto. Alternando as vozes de Imani e Germano, o escritor apresenta duas visões de mundo diferentes, porém inevitavelmente envolvidas nesta trama.


QUADRINHOS NA CIA.

Reportagens, de Joe Sacco
Na última década, Joe Sacco tem se voltado cada vez mais aos quadrinhos curtos para nos mandar seus relatos dos conflitos ao redor do globo. Reunidas pela primeira vez, essas reportagens mostram por que Sacco é um dos principais correspondentes de guerra dos nossos tempos. São histórias de refugiados africanos em Malta, de contrabandistas palestinos, de criminosos de guerra e de suas vítimas. E ainda de uma incursão com o exército americano no Iraque, em que ele vê de perto a miséria e o absurdo da guerra. Um de seus trabalhos mais maduros, Reportagens traz Sacco nas linhas de frente dos conflitos, relatando com sensibilidade e crueza os horrores - e as esperanças - da humanidade.

Sopa de salsicha, de Eduardo Medeiros
Contando com uma legião de fãs na internet, Sopa de salsicha é a crônica do dia a dia de Eduardo Medeiros, um talentoso quadrinista metido em encrencas clássicas: aperto financeiro, mudanças de lar e um difícil projeto pela frente. O projeto é este romance gráfico, um trabalho de fôlego em que Medeiros narra, com ajuda da indefectível Baixinha e de outros quadrinistas, suas aventuras diárias e seus embates com o processo criativo, a vida nova em Florianópolis e as visitas de um Michael Bolton que talvez esteja tentando conquistar a sua mãe. Um dos mais talentosos nomes do novo quadrinho brasileiro numa história surpreendente sobre amadurecimento, mudanças importantes e chuveiros apertados.

Lançamento: Meia-noite e vinte... e outros

sexta-feira, 23 de setembro de 2016

Saudações Leitores!
O curioso título de A Vida Invisível de Eurídice Gusmão chamou minha atenção para a leitura da sinopse e depois PRECISAVA ler esse livro, amo livro que tragam personagens femininas, gosto de estudá-las e vi essa oportunidade maravilhosa e mergulhei...
Para saber mais sobre o livro, clique AQUI.


A Vida Invisível de Eurídice Gusmão, Martha Batalha, 
São Paulo: Companhia das Letras, 2016, 185 pág.

A Vida Invisível de Eurídice Gusmão (2016) é o livro de estreia de Martha Batalha, escritora nascida em Recife, mas crescida na Tijuca (RJ) e teve um feito raro para um livro de estreia já que seus direitos vendidos para o cinema e para mais de dez editoras estrangeiras.

A primeira coisa que me dei conta ao iniciar o livro foi o "tom" clássico - se é que me entendem - com uma narrativa séria, que não é feita para agradar, mas para "cuspir" verdades e fazer criticas a sociedade da época (década de 20), que, para mim, não mudou tanto na atualidade (como costumamos supor), isto é, retrata um tempo passado, mas prova que o tempo passado não é tão passado assim, pois há ainda muitas coisas que permanecem, muitos pensamentos e ações limitadas e ultrapassadas ainda se fazem presente.


Outra coisa que me chamou bastante atenção é que o livro de uma maneira singular fala do empoderamento da mulher, sobretudo, quando fala do machismo tão presente e das tentativas da personagem Eurídice se libertar do modelo padrão do feminino.

Em A Vida Invisível de Eurídice Gusmão podemos evidenciar com bastante precisão que a "lei" da sociedade era viver de aparência e do "O que os outros vão pensar ou dizer...", tais fatos sobrepunham o amor ou mesmo a felicidade, mostrando que na época as mulheres só poderiam esperar algo como um marido, uma casa e filhos para cuidar, ou seja: viver para os outros e não para si mesma. Que a vida seria uma rotina e marasmo sem fim, pois uma mulher não poderia ter aspirações pessoais e profissionais.
"Nunca teve tanta raiva, Antenor. Só não jogou máquina Singer, neguinha e tauba pela janela porque estava preocupado com o que os outros iam dizer. E era também por estar preocupado com o que os outros iam dizer que não queria que sua mulher costurasse para fora. Iam achar que ele era homem de menos porque a mulher trabalhada demais." (p.52)


O título também é absurdamente coerente com a história (diferente de muitos livros atuais, este é narrado em terceira pessoa) e mostra uma Eurídice que poderia ter se tornado uma mulher brilhante, mas vivia numa sociedade tão limitada e carcereira, uma sociedade machista, que acabou se tornando invisível para poder ser quem queria ser. Aprendeu a camuflar seus sonhos e foi pioneira em muitas coisas, mas escondia.

"Porque Eurídice, vejam vocês, era uma mulher brilhante. Se lhe dessem cálculos elaborados ela projetaria pontes. Se lhe dessem um laboratório ela inventaria vacinas. Se lhe dessem páginas brancas ela escreveria clássicos. Mas o que lhe deram foram cuecas sujas, que Eurídice lavou muito rápido e muito bem, sentando-se em seguida no sofá, olhando as unhas e pensando no que deveria pensar. E foi assim que concluiu que não deveria pensar." (p.12)

Batalha também aproveita-se da história de Eurídice para nos apresentar outras mulheres que poderiam ser qualquer uma e todas ao mesmo tempo,  mulheres que não tinham voz e que eram tão invisíveis quanto Eurídice. Ela retrata tão bem a sociedade de qualquer cidade (interior ou capital) que mostra caricaturas: donas de casa, fofoqueiras, românticas, prostitutas, mentirosas, lutadoras.

Pergunto-me: quantas mulheres poderosas nasceram invisíveis e continuaram invisíveis por todos os dias de suas vidas? Mulheres que poderiam ter sido brilhantes! Vale lembrar que a invisibilidade pode ser vista de várias formas: como aquela que não é enxergada por ninguém, como aquela que para ser enxergada tem que fingir que quem está fazendo algo é o marido, ou aquela que tem que esconder seu verdadeiro eu para não mostrar a fabulosa, criativa e lutadora mulher que é.

Em resumo, há muito tempo eu não lia um livro tão bem escrito, questionador, polêmico e incrível como A Vida Invisível de Eurídice Gusmão, só espero que ele e sua escritora tenham o reconhecimento que a obra merece e sejam apreciados por todos os leitores que tiverem a honrar de poderem apreciar o volume.


Resenha: A Vida Invisível de Eurídice Gusmão - Martha Batalha

quarta-feira, 20 de julho de 2016

Saudações Leitores!
Estou particularmente empolgada em mostrar as news da Seguinte e Companhia das Letras do mês de Julho para vocês, fico até com taquicardia de tanto lançamento bom que dá vontade de devorar, espiem só:

EDITORA SEGUINTE

Não deixe ficar sério demais. Não deixe ele partir seu coração. E nunca, em hipótese alguma, saia com um músico.
Remy não acredita no amor. Sempre que um cara com quem está saindo se aproxima demais, ela se afasta, antes que fique sério ou ela se machuque. Tanta desilusão não é para menos: ela cresceu assistindo os fracassos dos relacionamentos de sua mãe, que já vai para o quinto casamento.
Então como Dexter consegue fazer a garota quebrar esse padrão, se envolvendo pra valer? Ele é tudo que ela odeia: impulsivo, desajeitado e, o pior de tudo, membro de uma banda, como o pai de Remy — que abandonou a família antes do nascimento da filha, deixando para trás apenas uma música de sucesso sobre ela.
Remy queria apenas viver um último namoro de verão antes de partir para a faculdade, mas parece estar começando a entender aquele sentimento irracional de que falam as canções de amor…

O menino no alto da montanha, de John Boyne
Quando fica órfão, Pierrot é obrigado a deixar sua casa em Paris para recomeçar a vida com sua tia Beatrix, governanta de uma mansão no alto das montanhas alemãs.
Porém, essa não é uma época qualquer: estamos em 1936, e a Segunda Guerra Mundial se aproxima. E essa não é uma casa qualquer: seu dono é Adolf Hitler.

Logo Pierrot se torna um dos protegidos do Führer e se junta à Juventude Alemã. Mas o novo mundo que se abre ao garoto fica cada vez mais perigoso, repleto de medo, segredos e traição - e talvez ele nunca consiga escapar.

COMPANHIA DAS LETRAS

Atlas de nuvens, de David Mitchell
Um dos romances mais cultuados de nosso tempo, em aguardada tradução de Paulo Henriques Britto. O livro que deu origem ao filme “Cloud Atlas: A Viagem”.
Neste que é um dos romances mais importantes da atualidade, David Mitchell combina o gosto pela aventura, o amor pelo quebra-cabeça nabokoviano e o talento para a especulação filosófica e científica na linha de Umberto Eco, Haruki Murakami e Philip K. Dick.
Conduzindo o leitor por seis histórias que se conectam no tempo e no espaço — do século XIX no Pacífico ao futuro pósapocalíptico e tribal no Havaí —, Mitchell criou um jogo de bonecas russas que explora com maestria questões fundamentais de realidade e identidade.

Obra completa (edição do centenário), de Murilo Rubião
Murilo Rubião se aventurou no universo do fantástico antes que o gênero ficasse em voga entre os escritores latino-americanos. Além de precursor — seus contos foram escritos, em sua maioria, entre os anos 1940 e 1960 —, Rubião é mestre em fazer o absurdo penetrar na realidade cotidiana, subvertendo-a e lançando novos olhares sobre temas consagrados da literatura, como o desejo, a morte, o amor e a falta de sentido do mundo moderno. Este volume celebra o centenário do nascimento de Rubião com todos os 33 contos que o autor mineiro lapidou à exaustão. Completam a edição um delicioso artigo de época do crítico Jorge Schwartz e um alentado ensaio inédito do jovem escritor Carlos de Brito e Mello.

Lançamento: O Menino no Alto da Montanha... e outros

segunda-feira, 18 de julho de 2016

Saudações Leitores!
Achei o título de Flores delicado e ao mesmo tempo curioso: por que um título assim? Li a sinopse e fiquei ainda mais cheia de curiosidade, então na primeira oportunidade que tive, mergulhei nesse livro e o resultado falo pra vocês abaixo...
>>> Quer saber mais sobre o livro? Acesse AQUI.


Flores, Afonso Cruz, São Paulo: Companhia das Letras, 2016, 272 pág.

Flores foi escrito pelo português Afonso Cruz que, além de escritor, é ilustrador, cineasta e músico. Afonso Cruz já escreveu alguns livros e ganhou alguns prêmios, isto é, sua escrita está sendo reconhecida.
Este é meu primeiro contato com o autor, mas já tive outros contatos com escritores portugueses - sobretudo meu José Saramago - e sempre gostei bastante, algo que me encanta: usamos o mesmo idioma, mas é tão diferente. Um ponto interessante foi a Editora ter mantido o idioma original, ou seja, não temos tradução, no entanto isso não atrapalha em nada: nem narrativa e nem a compreensão.


O livro tem capítulos pequenos que proporciona uma leitura rápida, não obstante, a leitura flui rica em detalhes e reflexões, é uma maneira extremamente interessante de olhar a vida pelos olhos do personagem-narrador da história.
O narrador-personagem é um jornalista que acabou de perder o pai e está passando por uma crise em seu casamento. O personagem é extremamente egocêntrico e individualista, mas preocupado em si do que com qualquer outra pessoa - incluindo sua filha - e no decorrer de sua narração percebemos que ele não passa de um ser humano infeliz e solitário, mas é orgulhoso demais para admitir isso.

"O que interessa agora é: as verdades não se ouvem, já ninguém quer saber disso... Quando se vive privado de tudo, a verdade importa, mas, quando a temos em todo o lado, parece uma ficção." (p.89)


Em contrapartida, a história e a visão de ver o mundo do personagem muda absolutamente quando ele conhece o Sr. Ulme que perdeu a memória devido a uma cirurgia para tratar de um aneurisma e passa a tentar ajudá-lo a resgatar suas memórias investigando sobre a vida do mesmo.
Em contato com o idoso o personagem passa a divagar sobre a vida, os valores, medos e realmente tem a possibilidade de agir diferente, mas os passos do mesmo são curtos e não conseguiu salvar seu casamento e a relação com a filha criança está abalada e estremecida.

"Porque viver não tem nada a ver com isso que as pessoas fazem todos os dias, viver é precisamente o oposto, é aquilo que não fazemos todos os dias." (p.70)


Aparentemente a única coisa que passa ater sentido em sua vida é resgatar a identidade do Sr. Ulme, contudo, nem todas as descobertas são boas, e há muitos mistérios envolvendo o passado de Sr. Ulme, que era uma pessoa completamente diferente daquela que é atualmente.
De fato, não esperei o desenrolar que aconteceu, mas fica uma reflexão linda a respeito dos seres humanos, suas escolhas, seu passado, suas memórias e o amor. Se somos resultado daquilo que plantamos, então devemos saber se daremos flores ou se não vamos conseguir florescer. Acerca do personagem principal, gosto de pensar que mesmo egoísta e individualista ele pode ter mudado um pouco, aprendido uma lição... quem sabe o amor espalhe sementes no seu coração.


Minha experiência lendo Flores foi a mais gratificante que eu poderia ter (comentei diversas vezes sobre isso nas redes sociais vinculadas ao blog) e é assombroso o quanto é bonito pegar um livro de um escritor que nunca lemos e nos vermos absorvidos pela leitura, concentrados, reflexivos.
Fico encantada quando me deparo com bons escritos, quando o livro modifica a sua visão. Amo quando tenho nas mãos livros que posso saborear a história, a riqueza da narrativa e a profundidade de cada personagem criado e é exatamente isso que aconteceu enquanto lia Flores
Esse é o tipo de livro pra quem quer fugir do clichê, do juvenil, do fugaz e quer algo mais adulto, elaborado, bem escrito... que se torne parte da gente.


"A solidão deve ser a única emoção que não conseguimos partilhar, se o fizermos ela desaparece." (p.184)

Resenha: Flores - Afonso Cruz

segunda-feira, 27 de junho de 2016

Saudações Leitores!
Venham suspirar comigo vendo esses lançamentos maravilhosos e bafônicos da Companhia das Letras e Seguinte... Meu coração tá até acelerado...

EDITORA SEGUINTE

O código dos bucaneiros (Quase Honrosa Liga de Piratas, vol. 3), de Caroline Carlson
http://www.editoraseguinte.com.br/titulo/index.php?codigo=13315
No último volume da série, Caroline Carlson traz um desfecho fantástico, repleto de ação e absurdamente divertido, como toda aventura em alto-mar deve ser.
Depois de descobrir que o líder da Quase Honrosa Liga de Piratas, o capitão Dentenegro, estava envolvido com um grupo de criminosos que quer dominar o reino, Hilary Westfield decide pegar seu sabre, seguir até a Praça da Pólvora e desafiar o capitão e seus comparsas perversos a uma batalha em alto-mar. Se vencer, Hilary se tornará a nova presidente da Liga. Se perder, ela vai perecer no mar para sempre, ou, na melhor das hipóteses, será exilada no Abrigo Pestilento para Piratas Mal-Humorados.
O problema é que a batalha nem vai começar se Hilary não conseguir reunir duzentos seguidores para lutar ao seu lado. Assim, a jovem pirata parte numa missão de recrutamento que pode ou não envolver piratas temíveis, damas delicadas mais
temíveis ainda… e galinhas.
Volume 2 – O terror das terras do sul:
http://www.editoraseguinte.com.br/titulo/index.php?codigo=13314

Lua de Vinil, de Oscar Pilagallo
Em seu romance de estreia, Oscar Pilagallo faz um retrato vívido da São Paulo dos anos 1970, mas este é apenas o pano de fundo para uma história sobre o que significa amadurecer.
Em 1973, a ditadura militar comandava o Brasil. Pink Floyd lançava o aguardado disco The Dark Side of the Moon. E Giba passava os dias jogando futebol de botão com os amigos do prédio, suspirando por Leila, sua vizinha irreverente e descolada. Ele tentava ignorar o estado grave de seu pai, internado no hospital, e não sabia que a violência do governo estava muito mais perto da sua casa na Vila Mariana do que ele imaginava.
Até que, num dia tranquilo de março, ele acaba causando um acidente e se vê obrigado a lidar com um dilema moral que o fará abandonar a inocência dos dezesseis anos para sempre.

Thomas e sua inesperada vida após a morte, de Emma Trevayne
Thomas tem apenas doze anos, mas vai viver aventuras de outro mundo!
Roubar túmulos é um negócio arriscado. É, na verdade, um péssimo negócio.
Para Thomas Marsden, a partir de uma noite de primavera em Londres (véspera do seu aniversário de doze anos), esse passa a ser um negócio também assustador. Isso porque, deitado em uma cova recente, ele encontra um corpo idêntico ao seu.
Esse é apenas o primeiro sinal de que alguma coisa esquisita está acontecendo. Desesperado para conhecer a sua verdadeira história e descobrir de onde vem, Thomas será apresentado à
magia e ao ritual, às fadas e aos espiritualistas, e vai se dar conta de que, para ele, a morte está muito mais próxima da vida — e é bem menos assustadora — do que imaginava.


QUADRINHOS NA CIA.

Quadrinhos dos anos 10, de André Dahmer
Difícil definir os anos 1910. Na esteira das revoluções tecnológicas da virada do século, o ruído ampliou-se e a dispersão tomou conta. Todavia, a torrente de informações e opiniões não assusta André Dahmer. Na verdade, é desse caldo que ele tira algumas de suas melhores histórias. Quadrinhos dos anos 10 tem uma receita simples: três ou quatro quadros em sequência, contendo a mais dolorosa e mordaz crítica à vida moderna.
O humor dessas páginas nasce da mesma angústia que sentimos diante das complicações contemporâneas que o autor tenta destrinchar. Mas as tiras não são pesadas e duras: pelo contrário, são tão engraçadas quanto os absurdos do dia a dia. Um riso meio doído, mas um riso mesmo assim.


COMPANHIA DAS LETRAS

Pureza, de Jonathan Franzen
A jovem Pip Tyler não sabe quem é. Ela sabe que seu nome verdadeiro é Purity, que está atolada em dívidas, que está dividindo um apartamento com anarquistas e que a sua relação com a mãe vai de mal a pior. Coisas que ela não sabe: quem é seu pai, por que a mãe a força a uma vida reclusa, por que tem um nome inventado e como ela vai fazer para levar uma vida normal. Um breve encontro com um ativista alemão leva Pip à América do Sul para um estágio numa organização que contrabandeia segredos do mundo inteiro - inclusive sobre sua misteriosa origem. Pureza é uma história sobre idealismo juvenil, lealdade e assassinato. O mais ousado e profundo trabalho de um dos grandes romancistas de nosso tempo.

O dono do morro, de Misha Glenny
A história do líder do tráfico de drogas da Rocinha contada a partir de um intenso trabalho jornalístico.
O dono do morro é a história impressionante de um homem comum forçado a tomar uma decisão que transformaria sua vida. Como Antonio Francisco Bonfim Lopes, um jovem pai trabalhador, se transformou em Nem, o líder do tráfico de drogas na Rocinha?
A partir de uma série de entrevistas na prisão de segurança máxima onde o criminoso cumpre
sentença, Misha Glenny narra a ascensão e a queda do traficante, assim como a tragédia de uma cidade.
Da inundação do Rio de Janeiro pela cocaína nos anos 1980 à situação atual que embaralha
voto, armas, política, polícia e bandidagem, a apuração impecável de Misha Glenny revela cada peça de um complicado quebra-cabeça.

Minhas duas meninas, de Teté Ribeiro
Uma história comovente sobre os desafios e o desejo de ser mãe. Um belo retrato sobre ser mulher no mundo contemporâneo
Após quase uma década lutando contra a infertilidade, a jornalista Teté Ribeiro tomou uma decisão ousada: ter filhos por meio de uma barriga de aluguel na Índia. Minhas duas meninas é o relato de seu périplo até essa decisão — e dos detalhes que marcaram a sua experiência.
A relação com a mãe indiana, o dia a dia logo após o nascimento das gêmeas, as particularidades da clínica e os dilemas de ser mãe sem passar pela experiência de dar à luz são alguns dos pontos presentes neste relato comovente.
Em parte livro de memórias, em parte retrato de geração, mas também reportagem exemplar, Minhas duas meninas é uma radiografia dos dilemas da mulher contemporânea.

Uma temporada no escuro (Minha luta, vol. 4), de Karl Ove Knausgård
No quarto volume da série de ficção autobiográfica Minha Luta, Karl Ove Knausgård narra o
inverno que passou perto do Círculo Polar Ártico, investindo na escrita e na perda da virgindade.
Karl Ove Knausgård está com dezoito anos quando parte para uma vila no norte da Noruega a fim de dar aulas a adolescentes. Sua intenção é juntar algum dinheiro para viajar e investir na incipiente atividade de escritor. No começo tudo corre bem, mas quando o escuro toma conta dos dias de inverno, a vida começa a se complicar. A escrita de Karl Ove para de fluir, e suas empreitadas para perder a virgindade fracassam.
Com o alto consumo de álcool ele se aproxima da sombra do pai alcóolatra e resgata a temática do primeiro livro da série Minha Luta, A morte do pai. Como a narrativa não segue ordem cronológica, este volume — um dos mais arrebatadores — pode ser lido de forma independente.
Volume 2 – Um outro amor:

A guerra não tem rosto de mulher, de Svetlana Aleksiévitch
Uma história ainda pouco conhecida, contada pelas próprias personagens: as incríveis aventuras das soldadas soviéticas que lutaram durante a Segunda Guerra Mundial.
A história das guerras costuma ser contada sob o ponto de vista masculino: soldados e generais, algozes e libertadores. Trata-se, porém, de um equívoco e de uma injustiça. Se em muitos conflitos as mulheres ficaram na retaguarda, em outros estiveram na linha de frente.

É esse capítulo de bravura feminina que Svetlana Aleksiévitch reconstrói neste livro absolutamente apaixonante e forte. Quase um milhão de mulheres lutaram no Exército Vermelho durante a Segunda Guerra Mundial, mas a sua história nunca foi contada. Svetlana Alexiévitch deixa que as vozes dessas mulheres ressoem de forma angustiante e arrebatadora, em memórias que evocam frio, fome, violência sexual e a sombra onipresente da morte.

Lançamento: O código dos bucaneiros... e outros

terça-feira, 21 de junho de 2016

Saudações leitores!
Venham conferir comigo alguns dos principais lançamentos da Companhia das Letras e Letrinhas, espero que gostem...

COMPANHIA DAS LETRINHAS

As improváveis aventuras de Mabel Jones (Mabel Jones, vol, 1), de Will Mabbitt
Sequestrada, Mabel Jones é forçada a servir a tripulação mais estranha já vista, a bordo do navio Verme Selvagem. Idryss Ebenezer Split é um lobo odioso e capitão do navio, e não vai deixá-la em paz até que ela ajude os piratas na busca por um tesouro.
Em sua viagem, Mabel passa pelo Pau de Sebo da Morte Certeira, pela barriga de uma baleia e por uma cripta subterrânea caindo aos pedaços. E ela faz tudo isso… de pijama!


COMPANHIA DAS LETRAS

Tá todo mundo mal, de Jout Jout
Do alto de seus 25 anos, Julia Tolezano, mais conhecida como Jout Jout, já passou por todo tipo de crise. De achar que seus peitos eram pequenos demais a não saber que carreira seguir. Em Tá todo mundo mal, ela reuniu as suas “melhores” angústias em textos tão divertidos e inspirados quanto os vídeos de seu canal no YouTube, “Jout Jout, Prazer”. Família, aparência, inseguranças, relacionamentos amorosos, trabalho, onde morar e o que fazer com os sushis que sobraram no prato são algumas das questões que ela levanta. Além de nos identificarmos, Jout Jout sabe como nos fazer sentir melhor, pois nada como ouvir sobre crises alheias para aliviar as nossas próprias!

Cidade em chamas, de Garth Risk Hallberg
Nova York, 1976. O sonho hippie acabou, e dos escombros surge uma nova cultura urbana. Saem as mensagens de paz e amor e as camisetas tingidas, entram as guitarras desafinadas, os acordes raivosos e os coturnos caindo aos pedaços. Por toda a cidade brotam galerias de arte e casas de show esfumaçadas. É nesse cenário que Garth Risk Hallberg situa esta obra colossal, aclamada pela crítica como uma das grandes estreias literárias de nosso tempo. Regan e William são irmãos e herdeiros de uma grande fortuna. Ela, uma legítima Hamilton-Sweeney e eternamente preocupada com o futuro da família, vê seu casamento desmoronar em meio às infidelidades do marido. Ele, a ovelha negra, fundador de uma mitológica banda punk, artista plástico recluso e figura lendária das artes nova-iorquinas. Ao redor dos dois gira uma constelação de tipos e acasos. A jovem fotógrafa que descobre um influente movimento musical pelas ruas da cidade. O jovem professor negro e gay que chega do interior e se apaixona pelo misterioso artista. O grupo de ativistas que pode ou não estar levando longe demais o sonho de derrubar o establishment. O garoto careta e asmático que se apaixona pela punk indomável. O repórter que sonha ser o novo nome do jornalismo literário americano. E, em meio a tudo isso, um crime que vai cruzar suas vidas de forma imprevisível e irremediável.
Combinando o ritmo de um thriller ao escopo dos grandes épicos da literatura, Garth Risk Hallberg constrói um meticuloso retrato de uma metrópole em transformação. Dos altos salões do poder às ruelas do subúrbio, ele captura a explosão social e artística que definiu uma década e transformou o mundo para sempre. Cidade em chamas é um romance inesquecível sobre amor, traição e perdão, sobre arte e punk rock. Sobre pessoas que precisam umas das outras para sobreviver. E sobre o que faz a vida valer a pena.

Flores, de Afonso Cruz
“Tenho de agradecer-te, pai, o modo como sorrias quando eu chegava a casa e te abraçava, confuso pela tua presença breve, delicada, como uma brisa. Se um dia vier a acreditar em Deus, não quero relâmpagos e trovões, quero um sorriso delicado como aquele que aparecia no teu rosto.”
Flores começa com uma perda, a perda do pai. E é a partir daí que o narrador, um jornalista que vive com a filha e a mulher numa relação cheia de incômodos, passa a notar seus vizinhos e a conviver com o senhor Ulme.
Ulme sofre além da conta com as notícias que lê nos jornais e com todas as tragédias humanas às quais assiste. Certo dia percebe não se lembrar de seu primeiro beijo, dos jogos de bola nas ruas da aldeia ou de já ter visto uma mulher nua. Seu vizinho, talvez por ainda recordar bem do encanto do primeiro beijo - e constatar o quanto a sua vida se distanciava dele -, decide ajudar o senhor a escrever sua história e a recuperar as lembranças perdidas. Ele visita a aldeia alentejana esquecida no tempo e vai aos poucos remontando a identidade de Manuel Ulme, homem que, pelos relatos, parece ter oscilado entre um bom samaritano e um perverso entregue aos prazeres da paixão.
O contraste fica cada vez mais claro: enquanto um homem não tem passado e não se lembra do amor, o outro sofre com o presente e com a consciência da rotina que a cada dia destrói sua relação, quando um beijo já perdeu todo o encanto e se tornou tão banal quanto arrumar a cama.
Construído em capítulos curtos e com uma voz originalíssima, o romance de Afonso Cruz comove ao falar da memória, do que é o amor e das tragédias que acabam por virar banalidades.

Morte súbita, de Álvaro Enrigue
Caravaggio e Quevedo se enfrentando numa partida de pallacorda é mesmo uma senhora fantasia. Se a Europa seiscentista é como uma grande quadra onde se confrontam a Reforma Protestante e a Contrarreforma Católica, o pintor italiano e o poeta espanhol também encarnam o embate entre duas maneiras de viver e de fazer arte: Caravaggio, o artista apesar das circunstâncias, com sua sexualidade fluida, flertando com a marginália e o crime, reinventor da pintura para além de seus limites; Quevedo, o nobre cioso de sua honra, abraçado à mais reacionária e hipócrita moral católica que logo envolverá o mundo em censura e fogueiras, mestre genial dos sonetos, da homofobia e do antissemitismo.
Tendo como eixo esse conflito, Enrigue expande seu jogo em várias direções, farejando rastros de sangue, sêmen e ouro. Com a liberdade dos melhores romances, o autor segue atalhos que nos levam a tempos passados e futuros, ora cruzando o Atlântico, ora transitando dentro dos reinos europeus num bate e rebate estonteante. Os lances de Caravaggio abrem caminho a um desfile que inclui um curioso Galileu Galilei, um finório Pio IV e um são Carlos Borromeu tão fanático quanto obtuso, a par de banqueiros, prostitutas e mendigos, todos às voltas com pequenas intrigas paroquiais e grandes negociações que marcarão o destino do mundo. Os golpes de Quevedo carregam a decadente corte espanhola de Filipe III e dos duques de Osuna, e por meio da duquesa, neta de Hernán Cortés, nos levam ao México arrasado pelo conquistador de braço dado com uma surpreendente Malinche muito dona do seu nariz; ao martírio do imperador Moctezuma e de seu grande general Cuauhtémoc. E daí, ao princípio de nação construída sobre as ruínas astecas, abrigo das utópicas experiências de um padre que leu a Utopia de Thomas Morus ao pé da letra, amigo e protetor de um gênio da arte plumária indígena, grande apreciador de cogumelos alucinógenos que espalhou suas obras-primas pela Europa e encheu os olhos de quem as soube olhar.

Mas engana-se quem vir em Morte súbita um romance histórico. Ele é muito mais do que isso: uma obra em que o passado factual é pretexto para especular sobre grandes questões dolorosamente presentes.

Lançamento: Cidade em Chamas... e outros

terça-feira, 24 de maio de 2016

Saudações Leitores!
Sou encantada pela narrativa do Lemony Snicket e os livros da série Desventuras em Série estão cada vez melhores, minha experiencia com Inferno no Colégio Interno foi a melhor até agora!


Inferno no Colégio Interno – Livro Quinto (Desventuras em Série), Lemony Snicket, São Paulo: Companhia das Letras, 2002, 200 pág.
Traduzido por Carlos Sussekind
Ilustrado por Brett Helquist

The Austere Academy, no Brasil Inferno no Colégio Interno é o quinto livro da famosa série Desventuras em Série, sendo precedido por Mau Começo, A Sala dos Répteis, O Lago das Sanguessugas e Serraria Baixo-Astral.
Como essa série é uma sucessão de fatos terríveis, assim que termina um livro, automaticamente começa outro a partir do momento em que terminou o anterior, portanto, tal como o Sr. Poe já tinha alertado os irmãos Baudelaire (Violet, Klaus e Sunny) no livro anterior que, se não desse certo na Serraria Baixo-Astral as crianças seriam mandadas para um colégio interno, é exatamente isso que acontece e acompanhamos os três irmãos desde a chegada ao colégio e a sequencia de fatos triste que ocorrem por lá.
Logo de início o vice-diretor Nero – um ser arrogante e brutal, tocador péssimo de violino – explica a leis e regras da Escola Preparatória Prufrock, salientando que quem desobedece é castigado cruelmente, mas o pior é que os irmãos Baudelaire não têm direito a terem dormitório, pois são órfãos e, portanto, vão parar no Barraco dos Órfãos, um lugar úmido, desconfortável e sujo.
Para completar o infortúnio das crianças, temos uma antagonista absolutamente chata, encrenqueira, fofoqueira e que sempre quer chamar atenção, Carmelita Sparks. Mas para ‘balancear’ tanto fato ruim, Violet, Klaus e Sunny conhecem os trigêmeos Quagmire, no entanto um dos irmãos tinha morrido sobrando apenas Isadora e Duncan que acabam se tornando os melhores amigos dos Baudelaire e ajudando-os sempre. Sãos uns fofos (juro que quando eles estavam por perto eu ficava cheia de esperança e com vontade de abraça-los, personagens absolutamente com energia positiva).
"Os amigos podem fazer-nos sentir que o mundo é mais familiar e menos traiçoeiro do que na realidade é." (p.54)
Calma, tá faltando alguém... o Conde Olaf, sim, o ser mais asqueroso da literatura volta a usar mais um de seus disfarces e se torna o professor de educação física e faz os irmãos de um programa de treinamento D.O.R., deixando as crianças exaustas e acabadas durante todas as noites da semana.
O final, como previsto, foi triste e novamente os irmãos Baudelaire terão que ir embora e tentar encontrar a paz e o sossego em outro lugar, mas não vamos nos enganar. Se depender de Lemony Snicket, final feliz, aqui, não existe.
Particularmente eu amei Inferno no Colégio Interno, até agora nas minhas leituras, este foi o melhor livro da série. Vemos os Baudelaire envolvidos com pessoas na mesma faixa etária que eles, temos a presença de personagens já conhecidos nossos e a introdução de outros. Eu só queria que os trigêmeos Quagmire se tornassem personagens recorrentes, pois amei eles. Cativaram meu coração instantaneamente.
Em suma ler a série Desventuras em Série: Inferno no Colégio Interno é algo extremamente prazeroso e rápido (em um dia ou menos dá para terminar a leitura), apesar de antes de começar a ler saibamos (ou suspeitamos) de que as coisas acabaram mal para os irmãos Baudelaire, não podemos dizer que é um livro clichê, pelo contrário segue um estilo próprio, um enredo peculiar e uma narrativa envolvente e cheia de alto explicações.



Resenha: Desventuras em Série: Inferno no Colégio Interno (Livro Quinto) - Lemony Snicket

sábado, 30 de abril de 2016

Saudações Leitores!
Para começar a semana bem, hoje trago alguns dos principais lançamentos das editoras Companhia das Letras, Seguinte e Paralela, espero que gostem, porque tenho que confessar que absolutamente todos estes lançamentos fizeram meu coração bater mais forte. Venham dar uma olhada:

EDITORA SEGUINTE

A rebelde do deserto – Trilogia A rebelde do deserto, vol. 1 (Alwyn Hamilton)
O destino do deserto está nas mãos de Amani Al’Hiza — uma garota feita de fogo e pólvora, com o dedo sempre no gatilho.
O deserto de Miraji é governado por mortais, mas criaturas míticas rondam as áreas mais selvagens e remotas, e há boatos de que, em algum lugar, os djinnis ainda praticam magia. De toda maneira, para os humanos o deserto é um lugar impiedoso, principalmente se você é pobre, órfão ou mulher.
Amani Al’Hiza é as três coisas. Apesar de ser uma atiradora talentosa, dona de uma mira perfeita, ela não consegue escapar da Vila da Poeira, uma cidadezinha isolada que lhe oferece como futuro um casamento forçado e a vida submissa que virá depois dele.
 Para Amani, ir embora dali é mais do que um desejo — é uma necessidade. Mas ela nunca imaginou que fugiria galopando num cavalo mágico com o exército do sultão na sua cola, nem que um forasteiro misterioso seria responsável por lhe revelar o deserto que ela achava que conhecia e uma força que ela nem imaginava possuir.

Na estrada Jellicoe (Melina Marchetta)
Uma história lírica e comovente, com personagens complexos e uma trama em que nada é o que parece.
 A pequena cidade de Jellicoe, na Austrália, vive uma guerra territorial travada entre três grupos: os estudantes do internato, os adolescentes da cidade e os alunos de uma escola militar que acampa na região uma vez por ano. Taylor é líder de um dos dormitórios do internato e foi escolhida para representar seus colegas nessa disputa.
Mas a garota não precisa apenas liderar negociações: ela vai ter que enfrentar seu passado misterioso e criar coragem para finalmente tentar compreender por que foi abandonada pela mãe na estrada Jellicoe quando era criança. Hannah, a única adulta em quem Taylor confia e que poderia ajudar, desaparece repentinamente — e a pista sobre seu paradeiro é um manuscrito que narra a história de cinco crianças que viveram em Jellicoe dezoito anos atrás…

Maré congelada – Série A queda dos reinos, vol. 4 (Morgan Rhodes)
Nos três reinos de Mítica, a magia estava esquecida desde tempos imemoriais. Depois de séculos de uma paz mantida a muito custo, certa agitação começa a emergir. Enquanto os governantes lutam cegamente pelo poder, seus súditos têm suas vidas brutalmente transformadas com a eclosão repentina da guerra. É assim que o destino de quatro jovens - três herdeiros e um rebelde - acabam interligados para sempre.
Cleo, Jonas, Lucia e Magnus vão ter de lutar, cada um à sua maneira, em um mundo revirado pela guerra, onde imperam traições inesperadas, assassinatos brutais, alianças secretas e paixões arrebatadoras.
Volume 1 – A queda dos reinos:
Volume 2 – A primeira rebelde:
Volume 3 – A ascensão das trevas:


COMPANHIA DAS LETRAS

Para poder viver – A jornada de uma garota norte-coreana para a liberdade (Yeonmi Park e Maryanne Vollers)
Yeonmi Park não sonhava com a liberdade quando fugiu da Coreia do Norte. Ela nem sequer conhecia o significado dessa palavra. Tudo o que sabia era que fugir era a única maneira de sobreviver. Se ela e sua família ficassem na terra natal, todos morreriam - de fome, adoentados ou mesmo executados.
Park cresceu achando normal que seus vizinhos desaparecessem de repente. Acostumou-se a ingerir plantas selvagens na falta de comida. Acreditava que o líder de seu país era capaz de ler seus pensamentos.
Aos treze anos, quando a fome e a prisão do pai tornaram a vida impossível, Yeonmi deixou a Coreia da Norte. Era o começo de um périplo que a levaria pelo submundo chinês de traficantes e contrabandistas de pessoas, a uma travessia pela China através do deserto de Gobi até a Mongólia, à entrada na Coreia do Sul e, enfim, à liberdade.
Neste livro, Yeonmi conta essa história impressionante pela primeira vez. Uma história repleta de coragem, dignidade - e até humor.
Para poder viver é um testamento da perseverança do espírito humano. Até que ponto estamos dispostos a sofrer em nome da liberdade? Poucas vezes a resposta foi dada de modo tão eloquente.

Foe (J. M. Coetzee)
Neste clássico da literatura contemporânea, publicado originalmente em 1986, o prêmio Nobel J.M. Coetzee reinventa a história de Robinson Crusoé.
No início do século XVIII, Susan Barton se vê à deriva após o navio em que viajava ser palco de um motim de marinheiros. Ao desembarcar em uma ilha deserta, encontra abrigo ao lado de seus únicos habitantes: um homem chamado Cruso e seu escravo Sexta-feira. Cruso é um sujeito irascível, preguiçoso e autoritário: perdeu interesse em fugir da ilha ou mesmo em rememorar os eventos que marcaram sua chegada àquele lugar. Sexta-feira, por sua vez, não pode falar: teve a língua cortada, não se sabe se por proprietários de escravos ou pelo próprio Cruso. Depois de um ano, eles são resgatados por um navio que rumava para a Inglaterra, mas apenas Susan e Sexta feira sobrevivem à viagem a Bristol. Determinada a contar sua história, ela busca um famoso escritor de seu tempo, Daniel Foe, na esperança de que ele escreva um livro sobre sua experiência na ilha. Mas com a morte de Cruso e a incapacidade de articulação de Sexta-feira, a tarefa se mostra mais difícil do que pensava. Vaidoso, Foe insiste em adaptar a narrativa a seus caprichos. Susan, por sua vez, tem de convencê-lo de que sua versão é melhor e luta para manter viva a memória de um passado do qual permanece como única testemunha - ou ao menos a única capaz de transformar aquela experiência em linguagem. Traiçoeiro, elegante e inesperadamente lírico, Foe é uma das obras de construção mais complexa na carreira de um mestre absoluto da literatura.

A vida invisível de Eurídice Gusmão (Martha Batalha)
Rio de Janeiro, anos 1940. Guida Gusmão desaparece da casa dos pais sem deixar notícias, enquanto sua irmã Eurídice se torna uma dona de casa exemplar.
Mas nenhuma das duas parece feliz em suas escolhas.
A trajetória das irmãs Gusmão em muito se assemelha com a de inúmeras mulheres nascidas no Rio de Janeiro no começo do século XX e criadas apenas para serem boas esposas. São as nossas mães, avós e bisavós, invisíveis em maior ou menor grau, que não puderam protagonizar a própria vida, mas que agora são as personagens principais do primeiro romance de Martha Batalha.
Enquanto acompanhamos as desventuras de Guida e Eurídice, somos apresentados a uma gama de figuras fascinantes: Zélia, a vizinha fofoqueira, e seu pai
Álvaro, às voltas com o mau-olhado de um poderoso feiticeiro; Filomena, ex-prostituta que cuida de crianças; Luiz, um dos primeiros milionários da República; e o solteirão Antônio, dono da papelaria da esquina e apaixonado por Eurídice.
Essas múltiplas narrativas envolvem o leitor desde a primeira página, com ritmo e estrutura sólidos. Capaz de falar de temas como violência, marginalização e injustiça com humor, perspicácia e ironia, Marta Batalha é acima de tudo uma excelente contadora de histórias. Uma promessa da nova literatura brasileira que tem como principal compromisso o prazer da leitura.

Voltar para casa (Toni Morrison)
“Vamos, meu irmão. Vamos voltar para casa.”
Frank Money volta da Guerra da Coreia com mais do que cicatrizes visíveis em seu corpo. Veterano como tantos outros, vive em profundo conflito com seus fantasmas, perturbado pela enorme culpa de ser um sobrevivente e pelas atrocidades que cometeu. Ao se deparar com um país racista e segregado, ele reluta em voltar à sua cidade natal na Geórgia, onde deixou dolorosas memórias de infância e a pessoa que lhe é mais querida, a irmã Ycidra.
Ci sobreviveu como pôde aos anos de ausência do irmão, numa sociedade machista e opressiva em que as mulheres não têm vez, são sistematicamente abandonadas pelos maridos e muitas vezes mutiladas sem piedade. Ainda que não seja um soldado, é com imperativos que a menina foi criada:
“Amarre o sapato, largue essa boneca de trapo e pegue a vassoura descruze as pernas vá tirar as ervas daninhas daquele jardim endireite as costas não me responda”. O ambiente nos Estados Unidos dos anos 1950 é tão hostil - que não se diferencia muito de um campo de batalha -, especialmente para uma mulher.
Nesse mundo desfigurado, ao se reencontrarem no caminho de volta para casa, os irmãos poderão enfim ressignificar seu passado e voltar a ver com esperança o futuro. Afinal, o que é o lar, senão o lugar onde estão os nossos afetos? É no retorno à casa e no amor fraterno que Frank poderá entender sua experiência traumática na guerra e reencontrar uma força que já não acreditava ter.
Uma das mais celebradas romancistas dos Estados Unidos, a Nobel de literatura Toni Morrison expande seu olhar sobre a história norte-americana do século XX com esta narrativa de violência, amor e redenção.


EDITORA PARALELA

Todo seu – Crossfire, vol. 5 (Sylvia Day)
"Gideon Cross. A coisa mais fácil que já fiz foi me apaixonar por ele. Aconteceu instantaneamente, de forma completa e irrevogável.
Nosso casamento foi um sonho realizado. Mantê-lo é a maior batalha da minha vida. O amor transforma. Para nós, é um refúgio e também a pior tempestade.
Duas almas danificadas que se entrelaçaram. Nossos votos foram apenas o começo. Lutar por esse casamento pode nos libertar… ou nos separar de vez."
Sedutor e comovente, Todo seu é a quinta e última parte da saga Crossfire, uma história de amor que cativou milhões de leitores ao redor do mundo.
Volume 1 – Toda sua:
Volume 2 – Profundamente sua:
Volume 3 – Para sempre sua:
Volume 4 – Somente sua:

Lançamento: A Rebelde do Deserto... e outros

segunda-feira, 18 de abril de 2016

Instagram